A humanidade é, desde a sua origem, uma espécie técnica. A simbiose com o fogo e com as ferramentas do sílex, conquista que data de há milhões anos, já antecipa, de certo modo, a nossa vocação para o domínio da tecnologia. De fato, os seres humanos, em um processo de progressiva adaptação ao meio, foram inventando a escrita, os algarismos, a imprensa, a máquina…
Atualmente, vivemos a era da chamada Quarta Revolução Industrial, marcada por inovações tecnológicas que acontecem a um ritmo frenético e que se distinguem pela velocidade, amplitude do alcance e impacto, transformando fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.
Logicamente, essas mudanças têm influenciado cada vez mais as empresas, de todos os ramos de negócios. A palavra-chave continua a ser a “adaptação” – ou seja, a perenidade das organizações depende em grande parte da capacidade de assimilação das mudanças em curso e da aprendizagem de como tirar proveito delas. É fato: estar alheio à revolução em curso e a esse mundo 4.0 é sinônimo de fracasso.
Contudo, muitas vezes essa percepção passa ao largo da gestão de muitas organizações, que acabam enxugando os recursos para a área da tecnologia, apelando ora para certo amadorismo, ora para a completa negligência. Pensando nisso, no post de hoje, mostraremos como a ideia de poupar investimentos na TI pode custar muito caro para as empresas. Continua a leitura e saiba mais.
Uso de softwares sem licença
Infelizmente, a pirataria é uma prática recorrente em muitas empresas.
O artigo 9.º da Lei 9.609/1998, lei que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programas de computador e a sua comercialização no Brasil, determina que o uso de software no país será obrigatoriamente objeto de contrato de licença. O usuário deve fazer prova da autorização de usar o software, apresentando o respectivo contrato de licenciamento.
A pena para a violação de direitos autorais de um programa de computador — conforme o artigo 12 da referida lei — equivale a detenção de seis meses a dois anos ou multa. Segundo dados da BSA The Software Alliance, se a pirataria fosse reduzida no Brasil em 10%, seriam criados mais de 12,3 mil postos de trabalho e mais de US$ 4 bilhões de dólares seriam devolvidos à nossa economia.
Em maio de 2018, a 4.ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios condenou, por unanimidade, uma empresa ao pagamento indenização devido à reprodução indevida de dois softwares, sem a respectiva aquisição das licenças de uso. A empresa ré foi obrigada a pagar uma multa correspondente a cinco vezes o valor de cada um dos programas apreendidos!
Além do aspecto legal e do vultoso prejuízo financeiro decorrente do uso de softwares sem licença, há também a possibilidade de o programa pirata apresentar uma performance reduzida, em comparação ao produto original, e também deixar a empresa mais vulnerável a ataques virtuais – por serem capazes de receber updates regularmente, as chances de um software original apresentar bugs são bem mais baixas.
Como consequência, a empresa que se aventura nesse tipo de solução duvidosa e ilegal passa a contar com baixo desempenho, o que pode também implicar perdas financeiras e, claro, de segurança.
Assim, para evitar problemas legais e perdas de produtividade, instale sempre programa originais.
Infraestrutura gerida por pessoas não habilitadas
Numa segunda-feira pela manhã, em uma empresa qualquer, os colaboradores chegam para trabalhar, ligam seus computadores e… surpresa! Tudo o que havia sido produzido nos dez dias anteriores desapareceu em uma atualização do servidor. Atônitos, os funcionários recorrem a Olavinho, o sobrinho do dono, perguntando o que teria acontecido. Olavinho adora videogames, supostamente entende tudo de computadores e, por isso, de vez que vez em quando faz uns freelas na empresa do tio, cuidando da área de TI… Ninguém conseguiu recuperar o que foi perdido.
Não se engane: infraestrutura de TI é coisa para profissionais e especialistas.
Cada empresa apresenta diferentes necessidades na área da tecnologia, mas os riscos de terceirizar essa gestão a um amador ou a alguém sem credenciais são enormes. Somente o acompanhamento profissional garante uma assertividade nas informações relativas ao desempenho de sistemas e redes, às ocorrências pontuais e críticas, aos encaminhamentos, às soluções e às medidas a serem adotadas.
A opção por contratar uma equipe externa à empresa para prestação de suporte é por vezes a melhor opção custo-benefício; o que não vale é delegar essa tarefa a alguém sem preparo, colocando em risco toda a infraestrutura tecnológica da sua empresa.
Computadores simples que viraram servidores
Sim, usar um computador comum como servidor traz riscos para os negócios. Trata-se de uma prática ainda comum, especialmente em pequenas e médias empresas, que representa uma economia, mas simultaneamente uma ameaça à rede e às informações armazenadas.
De fato, um desktop não está preparado para o compartilhamento de arquivos em larga escala ou mesmo para o trabalho como servidor de impressão. Tais tarefas podem sobrecarregar esse equipamento e, assim, levar a empresa a paradas indesejadas e até a perda de dados – talvez sido esse o erro de Olavinho…
Os próprios fabricantes de computadores comuns alertam que esse tipo de máquina não está preparado para trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, e realizar as tarefas de um servidor, que requerem robustez, segurança e confiabilidade.
Além disso, os desktops não possuem peças redundantes. Assim, caso você precise trocar uma disco rígido em seu computador, você teria que desligá-lo para fazer o procedimento. A maioria dos servidores possui os chamados discos “hot-swap”, que podem ser trocados com a máquina ligada. Você pode simplesmente retirar o disco e nenhum dado é perdido. Ter peças redundantes é fundamental para que o funcionamento contínuo da máquina, independente do seu problema que ela possa apresentar.
Portanto, descarte já ideia de usar aquele desktop como servidor.
A essa prática, aliam-se ainda outras soluções perigosas: máquinas sem firewall, sem protocolo de segurança da informação, sem antivírus, sem backup. Em vez de supostamente estarem poupando dinheiro, as empresas estão na verdade colocando todos os seus dados e os de seus clientes à disposição de hackers, vírus e malwares.
Dada a sua importância nas organizações, a TI deve ser gerida como os demais recursos disponíveis. Muitas vezes isso não acontece e, como ficou evidente, as organizações só têm a perder.
Se a sua gestão compreende a importância do papel da TI e você deseja dar um up nesse setor na sua empresa, aproveite a sua visita ao nosso blog e conheça agora mesmo as soluções de TI que a Sysdata tem a oferecer.